Em homenagem a tua virilidade
dei-te a escolha;
"que passemos o dia todo sem nos ver"
Para mostrar quão suave era o teu jugo,
ofereci-te a minha liberdade,
tu a desprezaste
"que a consumiste toda sem pensar e sem sofrer"
Abri todas as portas
revelei todo o meu ser
Tu achaste que não bastava ser passiva,
que não era suficiente obedecer
Não me queixo. O sofrimento que me impuseste, vem de ti
não posso deixar de o querer.
A ausência com que me punes,
é meu castigo, não posso deixar de o merecer.
RIO,7 III-20